segunda-feira, 7 de maio de 2018

O assassinato do Conde

Era um dia normal de Agosto de 1383. Estava com os meus colegas a observar a feira que decorria naquela pacífica e soalheira tarde de Verão. O ambiente era festivo e a população convivia e celebrava alegremente a calma e a união do povo naquela praça colorida e cheia de vida.


Ao olharmos mais atentamente para os arredores, reparámos que a população que lá se concentrava encontrava-se num grande alvoroço. Perguntei então ao meu colega se sabia o que se estava a passar, ao que este me respondeu negativamente. Juntos, decidimos ficar nos nossos lugares até que algo nos fosse revelado. Apercebemo-nos da real gravidade da situação quando o nosso superior nos ordenou que fechássemos imediatamente os portões que protegiam a cidade.


Nesse momento, ficámos intrigados por ainda não sabermos o motivo do tumulto, mas cumprimos as ordens do nosso chefe e continuámos a questionar, curiosos, o que se estava a passar.


Após um tempo, percebemos que a confusão se alastrava e um pequeno grupo de pessoas começou a bradar: “O conde está morto! O conde está morto!”. Nesse momento, congelámos. Seria verdade? Teria mesmo acontecido um assassinato debaixo dos nossos narizes?


O povo estava em pânico, fugindo, ao molho, para todos os sítios possíveis, numa tentativa de escapar ao perigo que se instalava naquela praça. Assim o nosso trabalho passou a ser uma tentativa de restabelecer a paz. Antes guardávamos apenas os portões e agora guardávamos vidas.

Autores: Francisco Grilo, Maria Garcia, Guilherme Magalhães

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