Era
um dia normal de Agosto de 1383. Estava com os meus colegas a observar a feira
que decorria naquela pacífica e soalheira tarde de Verão. O ambiente era
festivo e a população convivia e celebrava alegremente a calma e a união do
povo naquela praça colorida e cheia de vida.
Ao
olharmos mais atentamente para os arredores, reparámos que a população que lá
se concentrava encontrava-se num grande alvoroço. Perguntei então ao meu colega
se sabia o que se estava a passar, ao que este me respondeu negativamente.
Juntos, decidimos ficar nos nossos lugares até que algo nos fosse revelado.
Apercebemo-nos da real gravidade da situação quando o nosso superior nos
ordenou que fechássemos imediatamente os portões que protegiam a cidade.
Nesse
momento, ficámos intrigados por ainda não sabermos o motivo do tumulto, mas
cumprimos as ordens do nosso chefe e continuámos a questionar, curiosos, o que
se estava a passar.
Após
um tempo, percebemos que a confusão se alastrava e um pequeno grupo de pessoas
começou a bradar: “O conde está morto! O conde está morto!”. Nesse momento,
congelámos. Seria verdade? Teria mesmo acontecido um assassinato debaixo dos
nossos narizes?
O
povo estava em pânico, fugindo, ao molho, para todos os sítios possíveis, numa
tentativa de escapar ao perigo que se instalava naquela praça. Assim o nosso
trabalho passou a ser uma tentativa de restabelecer a paz. Antes guardávamos
apenas os portões e agora guardávamos vidas.
Autores: Francisco Grilo, Maria Garcia, Guilherme Magalhães
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