Nos textos de Camões é frequente a referência ao amor, à saudade, ao destino, à beleza suprema, aos ensinamentos morais, sociais e filosóficos, à mulher vista à luz do petrarquismo e do dantismo, a sensualidade, a experiência da vida. No entanto, a nível temático, o amor é visto como um serviço que transporta o enamorado a um estado de elevação. O amor pode não só provocar, no jovem apaixonado, o gosto na dor, como também conduzi-lo à luta entre a razão e o desejo ou à perturbação emocional perante a amada, como é muito frequente na lírica camoniana.
Um dos poetas que mais influenciou Camões na sua poesia foi o poeta e humanista italiano Petrarca. O petrarquismo é uma atitude tomada pelo poeta perante a mulher amada. Esta é vista como fonte de perfeição moral, despertando nele uma espécie de amor platónico. A mulher é idealizada, é bela, imaculada, perfeita e, portanto, inalcançável. Ora, o poeta desabafa as suas mágoas à solidão da natureza, que se torna o reflexo dos estados de alma do poeta e, ao mesmo tempo, sua confidente. A influência petrarquista faz com que Camões busque o isolamento e a antecipação do sofrimento no amor. Para demonstrar o seu estado de sofrimento, o poeta utiliza um certo verbalismo, nomeadamente as frases exclamativas abundantes, as personificações, as antíteses e as apóstrofes.
Em suma, as temáticas tradicionais e populares usadas por Camões são o amor, a natureza e a saudade. Nas temáticas de influência Renascentista cultivou o amor platónico, a saudade, o destino, a beleza suprema, a mudança, o desconcerto do mundo e a mulher vista à luz do Petrarquismo.
Escrito por: Catarina Silva e Sofia P. Faustino
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