Oitavo rei de Portugal, quarto filho de D. Afonso IV e de Beatriz de Castela.
Casou primeiro com Branca de Castela, a quem repudiou por debilidade física e mental. Casou depois com Constança Manuel, filha de um fidalgo castelhano que, quando veio para Portugal, trouxe consigo Inês de Castro.
A ligação amorosa entre o infante D. Pedro e Inês de Castro foi imediata, o que provocou forte conflito entre D. Afonso IV e seu filho e causou a morte prematura de Constança Manuel. Temendo o monarca a nefasta influência dos Castros em seu filho, resolveu condenar à morte Inês de Castro, o que provocou a rebelião de D. Pedro contra si. Contudo, a paz entre o pai e o filho foi estabelecida em breve e D. Pedro foi associado aos negócios do Estado, ficando-lhe desde logo incumbida uma função que sempre haveria de andar ligada à sua memória – a de exercer justiça.
Durante o seu reinado evitou guerras, logrando aumentar o tesouro. Cunhou ouro e prata e exerceu uma justiça exemplar, sem discriminações, julgando de igual modo nobres e plebeus.
Os documentos coevos e o testemunho de Fernão Lopes definem-nos D.Pedro como justiceiro, generoso, folgazão, amado pelo povo e de grande popularidade. Sobre a sua morte o povo dizia que «ou não havia de ter nascido, ou nunca havia de morrer».
No prólogo da "Crónica de Pedro I", Fernão Lopes alonga-se nas reflexões sobre a justiça, como forma de preparar a narração subsequente do reinado de D.Pedro, marcado pela forma como, muitas vezes, o rei exerceu rígida e compulsivamente essa virtude que "husou muito", (ll. 51-52).
Tratando-se de um prólogo, o texto antecipa as considerações sobre a prática da justiça suscitada pelo relato da atuação do monarca.
Sem comentários:
Enviar um comentário