Quando se trata de famílias aristocráticas, da nobreza, os textos são denominados de “nobiliários”. Assim, na Idade Média estes textos eram habitualmente conhecidos como “Livros de Linhagens”. Tome-se como exemplo o “Livro de Linhagens do Deão”.
Quanto aos “Livros de Linhagens” na Idade Média portuguesa, estes constituíram-se como uma fonte importante do ponto de vista social. Davam a conhecer os parentescos ou evitavam os casamentos incestuosos, entre outras referências.
Quanto aos “Livros de Linhagens” na Idade Média portuguesa, estes constituíram-se como uma fonte importante do ponto de vista social. Davam a conhecer os parentescos ou evitavam os casamentos incestuosos, entre outras referências.
Por outro lado, permitiam elucidar sobre a fundação de mosteiros, exaltavam famílias poderosas e evidenciavam reacções de famílias senhoriais face ao poder régio. Por vezes, acrescentavam-se alcunhas, referências a episódios ou traços anedóticos para situar a história da família. Para além do livro já referido, existem outros dois livros de linhagens que nos ficaram da Idade Média. São eles o “Livro Velho” e o “Livro de Linhagens do conde D. Pedro”, também denominado "Terceiro Livro de Linhagens".
O “Livro Velho” perdeu-se (finais do séc. XII), existindo ainda alguns fragmentos, enquanto que do “Livro do Deão”, escrito em 1343 por um deão, isto é, um decano que presidia ao governo de uma diocese, subsiste uma cópia do século XVI. Já o “Livro de Linhagens do conde D. Pedro”, o mais relevante de todos, foi elaborado entre 1340 e 1344, tendo sofrido duas refundições: uma de 1360-1365 e a outra entre 1380 e 1383.
O “Livro Velho” perdeu-se (finais do séc. XII), existindo ainda alguns fragmentos, enquanto que do “Livro do Deão”, escrito em 1343 por um deão, isto é, um decano que presidia ao governo de uma diocese, subsiste uma cópia do século XVI. Já o “Livro de Linhagens do conde D. Pedro”, o mais relevante de todos, foi elaborado entre 1340 e 1344, tendo sofrido duas refundições: uma de 1360-1365 e a outra entre 1380 e 1383.
Apesar de se tratar de um género híbrido, a sua relevância na literatura portuguesa é elevada.
Nestes livros, concebe-se a história universal como um vasto ciclo de proezas de cavalaria, o esquema vulgar na Idade Média. Neles exalta-se o prestigio e a unidade da classe aristocrática, apresentando-se as linhas de descendência, constituindo, assim, o mais vivo testemunho da vida senhorial portuguesa e singularizam estes nobiliários entre os congéneres europeus.
Nestes livros, concebe-se a história universal como um vasto ciclo de proezas de cavalaria, o esquema vulgar na Idade Média. Neles exalta-se o prestigio e a unidade da classe aristocrática, apresentando-se as linhas de descendência, constituindo, assim, o mais vivo testemunho da vida senhorial portuguesa e singularizam estes nobiliários entre os congéneres europeus.
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