sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Principais acontecimentos no mundo da Arte e da Literatura registados no dia 24 de fevereiro

1607 - Estreia de "Orfeo", ópera de Monteverdi, o primeiro "drama per musica" na base da ópera moderna, depois dos ensaios de Jacopo Peri e Giulio Caccini, no âmbito da Camerata Fiorentina.

1704 - Morre o compositor francês Marc Antoine Charpentier, nome maior da oratória Barroca.

1786 - Morre Wilhelm Grimm, filólogo e escritor alemão, autor, com o irmão Jacob, dos "Contos de Grimm".

1843 - Nasce Teófilo Braga, escritor, filólogo e político português. Foi Presidente da República.

1891 - Nasce o ator Ernestino Augusto Costa, Costinha, nome determinante para o teatro português de Revista.

1901 - A Igreja Ortodoxa excomunga o escritor russo Leon Tolstoi, autor de "Guerra e Paz".

1927 - Nasce David Mourão-Ferreira, escritor e pedagogo, autor de "Entre a Sombra e o Corpo" e de "Um Amor Feliz".

2002 - Morre o dramaturgo e pedagogo inglês de origem húngara Martin Esslin. Tinha 83 anos.

2005 - O Royal Mail lança uma série de seis selos com pinturas da artista Paula Rego.

2007 - Morre, com 74 anos, Leroy Jenkins, violinista e compositor norte-americano, expoente do free-jazz na década de 60, atuou no Jazz Em Agosto, em Lisboa, em 2000.
 
Fonte: Agência Lusa

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Do prólogo da “Crónica de D. Pedro I”

        D. Pedro era um rei bastante popular, amado pelo povo de Portugal. Filho de D. Afonso IV e de D. Beatriz, foi o oitavo rei de Portugal e era conhecido por dois cognomes: “O justiceiro” e “O cruel”. 

        D. Pedro era conhecido por “justiceiro”, pois exercia uma justiça exemplar, sem discriminação, que aplicou a D. Inês, vingando sua morte e coroando-a rainha mesmo após esta ter falecido. Assim, Fernão Lopes alonga-se nas reflexões sobre a justiça como forma de preparar a narração subsequente do reinado de D. Pedro, marcado pela forma como, muitas vezes, o rei exerceu rígida e impulsivamente essa virtude que “husou muito” (ll.51-52). Tratando-se de um prólogo, o texto antecipa as considerações sobre a prática da justiça suscitadas pelo relato da actuação do monarca. 

        Era conhecido como sendo “cruel”, pois mandou executar friamente os ex-conselheiros do seu pai após a morte de D. Inês de Castro, arrancando-lhes o coração. 

       Durante o seu reinado, D. Pedro evitou guerras, cunhou ouro e prata, aumentou os tesouros do reino e exerceu uma justiça ideal, sem discriminações, julgando nobres e plebeus de forma igual.


Autores: Catarina Silva e Sofia P. Faustino

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Como um romance pode ser História

        O livro Crónica de Brites foi escrito por Júlia Nery em 2008. Editado pela Sextante editora, com inúmeras edições. A escritora nasceu a 28 de Outubro de 1939, em Lisboa. Escreveu diversas obras, das quais se destacam O Cônsul, Valéria, Valéria e Da Índia com amor.

        Na crónica de Brites a autora dá vida e voz a Brites de Almeida ou até mesmo a Almeida, também conhecida como a mística padeira de Aljubarrota. Esta trata-se de uma personagem complexa, que vai alternando entre Brites e Almeida, duas personalidades distintas que vivem em conflito dentro da padeira. Destaca-se também o copista de Fernão Lopes a quem Brites conta os acontecimentos mais marcantes da sua vida e o que a levou a ser conhecida pelo povo como a mulher que matou sete castelhanos com uma pá de forno.

        É de notar a relevância histórica desta obra através da presença de Fernão Lopes e de episódios relatados nas suas crónicas (“Costumam às vezes os altos feitos terem começo por meio de tais pessoas que ninguém, entre o povo comum, cuidaria que fossem azo para elas”, Fernão Lopes). Ao longo da história, Brites vai relatando episódios marcantes nos quais participa, como o Cerco de Lisboa, que integra a Crónica de D. João I.

        A nosso ver, este romance histórico revelou-se uma surpresa na medida em que é envolvente e de leitura leve. A linguagem é simples e de fácil compreensão, não lhe retirando temperatura literária. Este livro é, sem dúvida, um exercício que prova como um romance pode ser História e como a História pode virar romance ( de resto na crónica de D. João I, de Fernão Lopes, a História é romanceada, por via de crónica, que veio dar origem à Literatura Portuguesa que influencia muitos escritores atualmente).

        Como percorre o imaginário popular, terá mesmo existido a mítica Padeira de Aljubarrota? Como afirma o livro, “Deixada na voz das gentes, o tempo lhe daria asas para chegar a todo o lado, como sempre acontece a tudo o que o povo conta como verdadeiro” (p. 207).

Autores: Catarina Silva, Sara Nunes e Sofia P. Faustino




domingo, 19 de fevereiro de 2017

Em memória de António Gedeão

"Mal sabiam os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo, que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços, andavam a correr pelos espaços, à razão de trinta quilómetros por segundo". "Poema para Galileo", de António Gedeão/Rómulo de Carvalho (1906-97), poeta e cientista português.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Ela passeava

Ela passeava
Pensando na sua paixão
Queria dançar
Só isso a fazia sonhar

Era diferente
Mas continuou
Encheu-se de coragem
E dançou

As pessoas rejeitaram-na,
Mas ela não desistiu
Só a dançar ficava feliz
E o seu caminho seguiu

Continuou a ir a espetáculos
As coreografias a fazer
Ela queria estar no palco
E não na plateia a ver

Um dia quando fui
Ver as bailarinas a brilhar
Olhei para elas
E comecei a chorar

Eu nunca iria estar
Ali a dançar
Só eu era diferente
E isso não ia mudar

Mas enganei-me
Pois quando olhei para o palco
Eu vi-o
Ali igualzinho a mim

Fiquei a olhar para ele
Totalmente parada
Pensei em falar
Mas não consegui dizer nada

Ele reparou em mim
E os nossos olhares cruzaram-se
E sem pensar
Comecei a dançar

Era a melhor sensação
Que alguma vez tinha sentido
E aí aprendi
Que nada é impossível

Autores: Beatriz Mendes e Pedro Salgueiro 5º.B

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

70 anos de casamento. O que faz o amor durar é cada um "ter um mundo de interesses"

Manuela Nogueira, é assim que assina a sobrinha de Fernando Pessoa, 91 anos, e Bento Murteira, 93, estão casados há 70 anos.




Ela é escritora e interessa-se pelo mundo das artes. Ele é de ciências, matemático, foi professor de estatística no ISEG. Não podiam ser mais diferentes. Manuela Nogueira, sobrinha de Fernando Pessoa, tem 91 anos, e Bento Murteira, o seu marido, tem 93. Estão casados há 70 anos.

A receita? Não há. E a realidade pode sempre superar a ficção. "Cada caso é um caso, não podemos generalizar. Antigamente, quando duas pessoas se uniam havia dois factores fundamentais para fazer durar essa união: a religião católica e a ideia de que a felicidade dos filhos estava acima de tudo. A Igreja tinha influência sobretudo nas mulheres e era castigadora. Eu, que sou uma mulher de fé, sempre fui grande crítica da religião, porque anular os sentimentos da mulher também não estava certo. Hoje assistimos a um choque de civilizações, a Igreja perdeu poder e as pessoas procuram uma felicidade interrogada, que não é definitiva, vão mudando de parceiros sucessivamente e põem de parte a felicidade dos filhos, como se fossem acessórios", analisa Manuela Nogueira.

Manuela e Bento têm três filhos. Mais de sete décadas juntos. São opostos, admite ela. Como foi possível, então? "As pessoas podem ter ideias opostas em vários sentidos e fazer o possível por harmonizar as diferenças. Mas para um casamento durar, cada um por si tem de ter um mundo de interesses. A pior coisa que há é um estar sujeito ao outro, ao que o outro quer, ao que o outro gosta. Claro que se um se subordinar ao outro o casamento também pode durar muitos anos, mas será sempre deficiente. Há uma vida em comum, mas é importante cada um construir a sua vida".

Os 70 são bodas de vinho. Deve haver tempos em que as coisas azedam... Como é que se sabe quando o sacrifício vale a pena? Dito assim parece tão fácil. "Nada fácil. Quando se tem filhos e se gosta muitíssimo dos filhos, põe-se em primeiro lugar a sua estabilidade. Só de pensar que vão ver a mãe para um lado, o pai para o outro... Há coisas aguentáveis num casamento e coisas que não se podem tolerar. É claro que é fácil falar agora, que ultrapassei as dificuldades, mas na altura em que passei por elas não foi. Vê-se que ganhámos as batalhas quando olhamos para trás e sabemos que valeu a pena. Somos uma família de 33 e gostamos de pertencer a ela, vivemos em harmonia, gostamos de pertencer a esta família".

Setenta anos é muito tempo? "O mais engraçado é isso: não se dá pelo tempo, o tempo passa depressa. Quando se tem interesses, quando se tem uma vida ocupada, hoje é segunda-feira e amanhã já é sexta. Atualmente, 89% dos meus amigos já morreram, mas tenho a minha vida, não com gente da minha idade, mas com amigas mais novas. E a família, em conjunto, consegue aguentar muitas diferenças. Os momentos difíceis tornam-nos mais fortes. Também não se vive em paixão permanente, mas o sentimento de entusiasmo pode transformar-se em amizade e a pessoa que está ao nosso lado, apesar da discórdia, que também existe, é um amigo que sofre connosco”.

SAPO 24

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Tudo é possível

Tudo é possível
Se o exigirmos,
Não desistir
É fundamental.

Sempre fomos rejeitados,
Ninguém nos aceitava,
Não tínhamos trabalho,
Não tínhamos nada.

Um sonho eu tinha,
De ser bailarina
Ter a vida que sempre quis
Dançar para o resto da vida,

Certo dia,
tocaram à campainha,
Fui lá eu ver,
Que surpresa,

Era o meu sonho a crescer.
Quando lá cheguei
Fiquei comovida,
Pela beleza do espetáculo.

Quando este terminou,
Todos se foram embora,
Menos eu,
Não queria sair dali para fora.

Passado algum tempo,
Aparece um homem,
Tinha o mesmo sonho que eu,
Ser bailarino era o que ele queria.

Não resisti,
Da cadeira sai,
Fui dançar
Com um homem de olhos a brilhar.


Autores: Matilde e Gonçalo 5º.B

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Viagem no coração

Tudo é possível
se tentares. 
Basta com o teu 
coração acreditares.

Marta e Miguel 
os seus sonhos queriam 
realizar, mas pela 
rejeição não podia dar.

Tantas vezes tentaram 
mas nenhuma resultou
até que a esperança aterrou
num poço que se fechou.

Voltaram deprimidos 
Para casa a chorar,
até que um dia 
a opção foi saltar.

Permaneceram isolados
nisso se puseram a pensar
até que decidiram acreditar.

Tentaram mais uma 
vez,e conseguiram,
inscritos na sociedade
felizes sorriam.

Pela primeira vez
Marta e Miguel tinham algo,
finalmente sentiam que
estavam no mundo real.

Tudo no mundo fazia sentido 
não havia rancor,
não havia perdição
faziam tudo com paixão.

o amor venceu,
a perdição perdeu
o mundo respondeu.

O amor soube lutar
E já ninguém o podia derrotar
Com um final feliz terminou
Este poema acabou.


Autores: Tomás e Maria 5º.A 



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Gravidade


A gravidade
Voa pelo ar
Com muita alegria
A dançar.

Pessoas a dançar,
Crianças a brincar,
A gravidade alivia
A toda a gente traz alegria

A gravidade faz-nos dançar,
Dançar como?
Com vontade de voar,
E de cantar.

Toda a gente dança,
De dia e de noite
De dia dançam com alegria
E à noite a sonhar.

De dia ouve-se a música,
Que a natureza nos dá
E de noite a música
Em que pensamos.
A gravidade é algo
que nos faz fazer coisas,
Que nem sabíamos
Que fazíamos.

As pessoas que gostam de dançar,
Gostam de gravidade,
Porque assim conseguem
Fazer coisas novas.

A gravidade voa pelo ar
Numa sombra
O quê?
Pessoas a dançar!

Uma grande sombra,
Que nos faz dançar,
Dançar com a gravidade.

A batida da música
leva-nos ao encontro da gravidade. 

Autores: Lara e Francisco Martins

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Tudo é possivel

Quando era pequeno
Gostava de dançar
Quando cresci
Era só trabalhar.

Eu a sonhar
Que estava a cantar
A dançar num
Palco de encantar.

Preciso de um amor
P´ro meu coração
Se não o encontrar
Morro de solidão.

Preciso de pensar
Para me orientar
Olho para o céu
E não paro de chorar.

Quero acreditar
Que vou dançar
De novo
Até ao luar.

Fui passear
Ao palco de encantar
Vi uma mulher
E comecei a corar.

Fui perguntar-lhe 
Se queria dançar
No palco dos meus sonhos
Para bailar.

Comecei a pensar
Quando irá chegar
Um dia bom
Para eu casar

Chegou o dia
De eu casar
Estava tão feliz
Que queria voar.

Estou tão contente
Com esta relação
Que até me apetece
Escrever uma canção.

Esta canção é
Dedicada a ti
Para o amor
Que eu senti.

Adorei esta emoção
De poder ter uma relação
Com a minha mulher
No meu coração.


Autores: Carolina Matias e Diana Guia