Amor: Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção.
O amor é um sentimento frequente na literatura medieval, que se caracteriza por uma relação de vassalagem entre o cavaleiro e a “senhor”. Tanto nas cantigas de amigo como de amor, este elemento está sempre presente.
Neste caso, nas cantigas de amor assistimos ao “amor cortês”, isto é, à “inversão das relações normais”, pois neste jogo amoroso serve a dama e o eu enunciador vive “ajoelhado diante dela”, o que significa que nesta postura se encontram traduzidas as atitudes que regulavam a subordinação do vassalo ao seu senhor.
Tome-se como exemplo a cantiga “Que soidade de mha senhor ei”, previamente estudada em aula, onde está retratado este tipo de amor de forma dramática, sendo que o sujeito poético pede a Deus que o deixe ver a sua “senhor”, dizendo que se não a voltar a ver irá “morrer con pesar”. Assistimos também à presença do amor platónico, alimentado pela erótica da contemplação, isto é, baseado na memória e no olhar (“que mha leixe, se lhi prouguer, veer” v.6).
Assim, podemos concluir que o amor, apesar de não ser vivido da forma mais comum, está sempre presente como elemento fundamental.
Autoras: Catarina Silva, Sara Nunes e Sofia P. Faustino, 10.ºC
Sem comentários:
Enviar um comentário