quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O melhor dia

Sonho invulgar com
a mulher dos meus sonhos
quem me dera a
mim a encontrar

De inicio só
a queria para mim
mas depois é que
então percebi

O amor é lindo
quando acontece
mas não podemos
deixar que ele se aprece

O meu sonho
tornou-se realidade
como um anjo
no lago da liberdade

Não a deixei partir
fui injusto e egoísta
mas não me apercebi
e continuei a ir por ali
afinal o amor é assim



Autores: Francisco e Rodrigo, 5.ºB

Dicionário Criativo

Luz: coisa brilhante que dissolve, afasta e assusta o medo.



Autora: Matilde Reis, 5.º A

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Non veio, madre

Non veio, madr’, o meu amigo,
será que mentiu do que pôs comigo?
        ai, madre, non acredito!

Non veio, madr’, o meu amado,
será que mentiu do que mh-á jurado?
        ai, madre, non acredito!

Será que mentiu do que pôs comigo?
por que mentiu o desmentido?
        ai, madre, non acredito!

Será que mentiu do que mh-á jurado?
porque mentiu o perjurado?
        ai, madre, non acredito!

Porque mentiu o desmentido?
como foi ele capaz disto?
        ai, madre, non acredito!

Será que mentiu do que mh-á jurado?
são as aves que cantam errado?
        ai, madre, non acredito!


Sara Nunes, 10.ºC

Dicionário Criativo

Borracha: Objeto que apaga quase todo os erros 
Autor: João Ponte, 10.ºA4D

Carro: Um teletransportador avariado porque é muito lento. 
Autora: Filipa Santos, 10.ºA4D


A temática amorosa nas cantigas de amor


Amor: Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção. 

      O amor é um sentimento frequente na literatura medieval, que se caracteriza por uma relação de vassalagem entre o cavaleiro e a “senhor”. Tanto nas cantigas de amigo como de amor, este elemento está sempre presente.
      Neste caso, nas cantigas de amor assistimos ao “amor cortês”, isto é, à “inversão das relações normais”, pois neste jogo amoroso serve a dama e o eu enunciador vive “ajoelhado diante dela”, o que significa que nesta postura se encontram traduzidas as atitudes que regulavam a subordinação do vassalo ao seu senhor.
      Tome-se como exemplo a cantiga “Que soidade de mha senhor ei”, previamente estudada em aula, onde está retratado este tipo de amor de forma dramática, sendo que o sujeito poético pede a Deus que o deixe ver a sua “senhor”, dizendo que se não a voltar a ver irá “morrer con pesar”. Assistimos também à presença do amor platónico, alimentado pela erótica da contemplação, isto é, baseado na memória e no olhar (“que mha leixe, se lhi prouguer, veer” v.6).
      Assim, podemos concluir que o amor, apesar de não ser vivido da forma mais comum, está sempre presente como elemento fundamental.



Autoras: Catarina Silva, Sara Nunes e Sofia P. Faustino, 10.ºC

Poemas de Amor

366 Poemas Que Falam de Amor
Escolhidos por Vasco Graça Moura

Editor: Quetzal Editores
Idioma: Português


"Poemas que nunca se esquecem. Por amor."




segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O poder do Amor

Era só um pequeno amor
Mas ainda a começar
Uma linda flor
Prestes a desabrochar.

O tempo foi passando
E o amor a crescer
O meu coração acelerando
Não parava de bater.

O amor envelhecendo
E a minha vida também
Estaremos sempre juntos
Como tu não há ninguém.

Autores: Leonor, Gonçalo, Matilde e Mariana 5.ºB

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A minha primeira amizade

Era uma vez um menino chamado José Saramago que vivia sozinho numa floresta. Como não tinha amigos com quem brincar distraía-se a ler livros. À noite sonhava que um dia iria à lua.
Os anos passaram e o menino como tinha muita imaginação construiu um foguetão para ir à lua.
Quando chegou à lua a primeira coisa que viu foi um rato a comer um queijo.
Na lua, como os animais falavam, ele conseguiu fazer a sua primeira amizade.

Beatriz Nascimento 5º C

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Leonard Cohen faleceu

O músico e poeta canadiano Leonard Cohen, que morreu aos 82 anos, deambulou pelo mundo dentro da sua melancolia e emergiu como uma voz sublime e espiritual da sua geração.
A morte do músico foi anunciada na quinta-feira (hoje em Lisboa) pelo seu agente, através da página de Facebook do músico.
"É com profunda tristeza que informamos que o poeta, compositor e artista lendário Leonard Cohen morreu", escreveu o seu agente na página do Facebook do músico.
"Perdemos um dos visionários mais prolíficos e respeitados do mundo da música", refere o comunicado.
O músico festejou a 21 de setembro os seus 82 anos com um novo álbum, "You Want It Darker", o 14.º da sua carreira, no qual refletia sobre sua própria mortalidade e, com a sua voz grave, interrogava-se sobre a natureza do homem e de um Deus todo-poderoso.
Ainda no mês passado, o músico e poeta aplaudiu a atribuição do Nobel da Literatura a Bob Dylan e considerou que foi como "dar uma medalha ao monte Evereste por ser a montanha mais alta". O nome do próprio Cohen foi várias vezes apontado como candidato ao Nobel.


Nascido a 21 de setembro de 1934 numa família judaica em Montreal (Canadá), Leonard Cohen compôs algumas das músicas mais inesquecíveis das últimas décadas.
Ainda no Canadá licenciou-se em literatura na Universidade McGill, em 1955, e integrou o grupo musical The Buckskin Boys.
Mudou-se para Nova Iorque com uma bolsa para a Columbia Graduate School, e aos 24 anos recebeu outra, do Canada Council, para escrever um livro, o que lhe permitiu viajar para a Europa.
Cohen acompanhou sempre a música com a literatura, a sua grande paixão, que começou aos 16 anos, quando escreveu os seus primeiros poemas.
Publicou o primeiro álbum, "Songs of Leonard Cohen", em 1967, já depois de ter feito trinta anos e de ter revelado a faceta literária, em particular com o livro de poesia "Let us compare mythologies" (1956) e o romance "O Jogo preferido", (1963), editado em Portugal em 2010.
Leonard Cohen é também autor do livro de poesia "Flowers for Hitler" (1964).
Em Portugal estão também publicados "Filhos da Neve" e "O livro do desejo", que reúne poemas dispersos escritos ao longo dos últimos vinte anos, alguns dos quais durante um retiro budista de Cohen nos Estados Unidos e na Índia.
Alguns dos poemas desse livro foram adaptados para letras de canções.
Considerado um dos mais importantes nomes da música popular do século XX, Cohen escreveu músicas simbólicas da sua geração, incluindo "Hallelujah."
"Suzanne" ou "So Long Marianne" ilustram, em 1967, uma primeira coleção de canções marcadas pelo sofrimento amoroso.
Aos 77 anos, foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras pelo "imaginário sentimental" da escrita e da música, justificou o júri.
No mesmo ano, em 2011, foi galardoado com o 9.º Prémio Glenn Gould, atribuído de dois em dois anos a artistas que contribuam para enriquecer a condição humana e representem os valores da inovação, inspiração e transformação.
Apesar da idade, estava mais ativo desde 2008, quando iniciou uma nova digressão internacional, depois de uma ausência de 15 anos, e editou o álbum "Old Ideas" (2012).
Em 2014, lançou o álbum "Popular Problems", que aborda preocupações e dilemas do mundo atual.
Sobre este álbum, marcado pela sua voz cavernosa e grave, Leonard Cohen afirmou que é atravessado por um sentimento identificável por todos: "Toda a gente sofre e toda a gente luta por ser alguém, por ser reconhecido. É preciso perceber que a luta de um é igual à luta de qualquer outro; e o sofrimento também. Creio que nunca se chegará a uma solução política se não se perceber esta ideia".
Questionado se uma canção pode oferecer soluções para problemas políticos, respondeu: "Eu penso que a canção é, ela mesma, uma espécie de solução".
Cohen foi precedido na morte, em julho, por Marianne Ihlen, a norueguesa com quem viveu na ilha grega de Hydra e que inspirou "So Long, Marianne".
Numa carta para Ihlen revelada por um amigo, Cohen declarou o seu "amor sem fim" por ela, escrevendo: "Eu acho que vou seguir-te muito em breve."


fonte: http://24.sapo.pt/noticias/internacional/artigo/a-voz-melancolica-de-uma-geracao-morreu-aos-82-anos_21495996.html

Carta à donzela

De: Amigo
Para: Donzela

Mia senhor,
Como vais? Sei que sofres pela minha ausência. Desculpa pela resposta tardia, pois tenho andado ocupado a servir el rei.
Novas terras conheci e novos costumes soí veer, mas vivo em saudade da terra que me viu nascer. Enfrentei a ira dos mares, e por muitas cousas passei, mas a tua memória do meu coração nunca apaguei.
Ben vos digo que volto san' e vivo e trarei comigo memórias das terras por onde passei.
Com gran pena me despeço de vós fremosa donzela.

Sempre vosso,
Amigo.


Autores: Catarina Silva, Tomás Chasqueira, Sara Nunes e Sofia P. Faustino 10º.C

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Dicionário Criativo

Micro-ondas: Local isolado onde os micróbios fazem surf.
Autor: Luís Lin, 10º A4D

Mosca: Animal concebido estritamente para chatear.
Autor: Luís Ferreira, 10º A4D



domingo, 13 de novembro de 2016

Dança

Um homem chamado João
Apaixonado pela dança
Como não tinha ninguém para dançar
Criou uma mulher na imaginação.

Dançou com ela até se cansar
Pois amava dançar
Só que às vezes a sua imaginação
Não funcionava, ele era adulto.

Passado muitas horas
e muitos passos de dança
Começou a não gostar dela
Porque ela desaparecia.

Mesmo que ela seja imaginação
Gostava de se ir embora do João
Passado algum tempo
Ela tornou-se real.

Muito triste, o João
Do fundo do seu coração
Já não gostava dela
Pois já não era a sua paixão.


Autores: Catarina e Duarte 5ºB

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A gravidade está a viajar

A gravidade tem
De nos puxar aos dois
Mas não te vejo há algum tempo

Tenho de te encontrar
Para ficarmos
mais próximos

Tento puxar-te
Mas não consigo
Animar-te

Fiz-te descer
E felizes ficamos
Com ideias espetaculares

Fomos dançar
Até ficarmos
Mais animados

Cantámos e tocámos
E entusiasmados ficámos.


Autores: Duarte Pereira e Manuel Silva 5ºA

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dicionário Criativo

Relógio: Objeto que antecipa o futuro.
Autor: António José Borges

Livro: Almofada de papel.
Autora: Beatriz Armeiro, 10º A4D



terça-feira, 8 de novembro de 2016

Levou-s' a louçana

        Era uma fria manhã, quando o sol começou a despontar. Despertou então a leda donzela, formosa e bela. Pela calada da manhã, apenas com o chilrear dos pássaros, vai a donzela lavar os longos e negros cabelos com a água fria da fonte. Vestiu-se com suas longas vestes e adornou-se com suas jóias, levando um pequeno pente no seu cesto, onde guardava todos os seus pertences.
        Saiu de sua casa, caminhando descalça pelo extenso caminho de terra batida, estreito e cercado de flores de ambos os lados, que ligava a sua povoação à pequena fonte de pedra, donde jorrava água fria e límpida. Andava tranquilamente quando, ao avistar a fonte, se deparou com um veado, altivo e elegante que olhava na sua direção, como que esperando por ela.
        Quando a donzela se dirigiu à fonte de mármore, pousando as suaves mãos sobre a fria pedra, o veado curvou ligeiramente a sua cabeça cor de avelã, olhando-a curiosamente com seus grandes olhos aveludados. Esticando a pequena mão, a donzela preparava-se para tocar a cristalina água, tirando seu pente do cesto quando, discretamente a princípio, o cervo do monte afundou a sua pequena cabeça na água, agitando-a. Ao tentar molhar a ponta do seu cabelo, o veado agitou-se turvando a água. A donzela afastou-se da fonte, olhando alegremente o cervo da floresta, segurando o cabelo nas mãos, leda dos amores, dos amores leda.


Autoras: Catarina Silva, Sara Nunes e Sofia P. Faustino, 10º C

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Os humanos insufláveis

O Romeu
Vai andando
E a Julieta
Vai dançando.


Numa noite fui
A um espetáculo
Encontrei lá o
Meu crustáceo.


Nesse espetáculo
Comecei a limpar
Mas um homem
começou a gritar.


Com muito medo
Comecei a fugir
Não sei porquê
Mandaram-me despedir.


No fim do espetáculo
Fiquei desiludida
Mas quando o encontrei
comecei logo a sorrir


Quando a vi
Não pensei em
Mais nada corri
como uma “rabanada”.


Depois começámos
A dançar e a cantar
E até eramos
um belo par.


Quando acabámos
de dançar convidei-a
para jantar.


Neste encontro
tão romântico
percebi que
ela era o meu cântico.


No fim desta
história, vamos cantar
Uma música que fará
o amor voar.


O amor reina a vida
Se não fosse ele e a simpatia
Pouco mais havia.


Autores: Rodrigo Saraiva e João Tiago 5ºA

O verdadeiro amor

Na dança,
A tristeza começa
Mas com grande paixão
E nessa tristeza não havia solidão.


Ao exprimirem-se
A paixão começa a voar,
Como se fosse um passarinho a dançar
E a cantar.


Começam
A dançar nas estrelas
Como se não tivessem gravidade
Na solidão


Nas estrelas,
Fazem uma viagem de espantar,
Com as estrelas cadentes a passar.


Entretanto,
Houve uma barreira
Que os separou,
E a solidão atuou.


Autores: Tomás Mendonça e António Carraça do 5.ºB

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Fui eu à fontana

Fui eu à fontana
E o cervo da floresta vi
Perdoa mãe, meu atraso,
Pois na fontana me perdi
        Fui eu à fontana
        E o cervo do monte vi

Ai mãe, peço perdão
Mas veio o cervo do monte e turvou
A água da fontana, surgindo do chão
Que os meus longos cabelos lavou
        Fui eu à fontana
        E o cervo do monte vi

O cervo do monte foi por cousir
Como lavei o cabelo e pode veer
lavar o cabelo a moça de bon parecer
E com ele me encontrei, pois'ele lá quis ir
        Fui eu à fontana
        E o cervo do monte vi


Autoras: Catarina Silva, Sara Nunes e Sofia P. Faustino


fontana: fonte
cervo: amigo
cousir: admirar

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Uma escultura de 250 mil livros em forma da impressão digital de Jorge Luis Borges


Qual a melhor forma de homenagear o pioneiro do realismo literário Jorge Luís Borges? Um labirinto de 250.000 livros em forma da sua impressão digital, dizem os artistas Marcos Saboya e Guarter Pupo, que idealizaram o projecto para a cena cultural dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
Desde aí, o projecto – denominado aMAZEme – acumulou prémios e reconhecimento por toda a Europa. Agora, ele foi nomeado para o German Design Award 2015, devido às suas “paredes de palavras. “É uma experiência de estarmos imbuídos de literatura, […] acreditando que as palavras são os blocos que edificam as nossas vidas”, explicam os autores.
Depois da exibição original, em Southbank, Londres, o aMAZEme foi desconstruído e os livros doados para a Oxfam International.

Indonésia: biblioteca comunitária feita com caixas de gelado

Por vezes, para um projecto de arquitectura ser considerado um caso de sucesso, há uma ideia pré-concebida da necessidade de um grande investimento económico, bem como a noção que a tecnologia de última geração tem de estar presente. Mas nem sempre é esse o caso, como o edifício da Microlibray, na Indonésia, tão bem vem mostrar.


Concebida pelo atelier de arquitectura alemão Schau, esta biblioteca comunitária de Bandung, tem uma fachada ventilada feita com um material muito pouco convencional: caixas de gelados usadas.
Com um custo de produção de €35.000, a Microlibray é a primeira biblioteca da equipa Schau, a estrear em terras da Indonésia, e quer promover o gosto pela leitura a nível nacional, bem como facilitar o acesso a livros, para os mais pobres.
Apadrinhada pela organização Dompet Dhuafa (Pocket for the Poor) e pela Indonesian Diaspora Foundation, o edifício é composto por uma simples estrutura com vigas de aço, e paredes e tectos de betão. Para a fachada, a equipa Schau procurou um material barato, que permitisse a fácil circulação do ar, tornando o interior mais agradável para ler um bom livro, sem necessidade de ar-condicionado.
Depois de reunir 2 mil caixas de gelado usado, trabalhadores locais tiveram a tarefa de dividir as embalagens numa torre gigante, apoiada por uma estrutura metálica. Os tubos de gelado foram colocados num ângulo que impede a entrada das chuvas e, se por acaso, uma tempestade mais violenta atingir a zona, portas giratórias protegem completamente o interior dos elementos naturais.
Inspirados pela transmissão de informação em código binário, os responsáveis do projecto esconderam uma mensagem na estrutura do edifício que diz “ buku adalah jendela dunia”, ou seja, “os livros são janelas para o mundo”.
O único senão deste projecto é a muito provável frequente manutenção, uma vez que as caixas de gelado não foram pensadas como material de construção, logo são muito mais vulneráveis às condições atmosféricas da zona, comenta o Gizmag.