segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Os primeiros exemplares do "Atlas da língua portuguesa"

Os primeiros exemplares do "Atlas da língua portuguesa", que pretende ser um "instrumento de afirmação da lusofonia", vão ser mostrados em Brasília pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, disse hoje o professor Luís Reto, autor da obra.





O “Atlas da língua portuguesa” ainda está na gráfica, mas o ministro Augusto Santos Silva, autor do prefácio da obra, “vai levar alguns exemplares” para a cimeira que assinala os 20 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realiza em Brasília, nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, adiantou Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL, que publicou “Potencial económico da língua portuguesa”, em 2012.


“Há pouca divulgação sobre a língua portuguesa e sobre os países” da CPLP, justificou Luís Reto, sublinhando que o português “está vivo e a crescer”, principalmente devido ao “crescente número de alunos que se inscrevem” no estrangeiro para o aprender.


Trata-se de “um conjunto de indicadores que dão um bocado suporte à ideia de que o português hoje é uma língua global e que está em crescimento, e quais são as grandes tendências, nos vários setores”, explicaou


“A ideia foi fazer um atlas com um conjunto de indicadores”, económicos, demográficos, geoestratégicos, por exemplo, “onde está a ser ensinado português, onde está a crescer mais o português”, referiu o autor, dando destaque aos casos de Estados Unidos e China.


“Se as previsões demográficas da ONU estiverem certas, em 2100 haverá mais gente a falar português em África do que no Brasil”, notou.


O livro de 270 páginas — adiantou Luís Reto — tem “muito pouco texto” e é “muito ilustrado”, com mapas e gráficos, incluindo ainda um capítulo com “pequenos textos de autores dos oito países de língua portuguesa” (alguns ainda não estavam traduzidos e foram-no agora).


Apoiado pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, o livro — uma edição bilingue (português/inglês) para cumprir a “finalidade de divulgação internacional” — será lançado em breve, em Portugal.

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